Um dia lindo, e um anjo cai dos céus, pobre anjo, quebrou as asas ao cair de seu reinado, pobre anjo, iria ter a alma quebrada em um mundo mórbido.
Uma criança o achou, e logo o levou para sua cabana, a cabana estava velha e rangia com o vento, a grama crescia dentro, e as madeiras estavam fofas de tanto mofo, mas a criança continuava limpa como a alma pura do anjo.
O anjo teve as feridas tratadas pela doce criatura humana. Depois de um tempo, o anjo sarou, e claro, ele queria buscar as nuvens novamente, mas a criança não era tão inocente, ela queria o anjo para si, ela queria seu coração puro, sua alma estava ali, dentro daquele macio pedaço de carne divina pulsante.
O anjo viu naquela pequena criatura de Deus, o instinto diabólico de sua natureza imperfeita, a criança queria matar. O anjo lutou e lutou, mas o Diabo estava do lado da cria de Deus, e não deixou que uma santidade saísse do inferno humano tão facilmente.
Não demorou muito para a lamina virgem fazer sangrar um pupilo de Deus, e o Diabo tirou do peito do anjo o seu coração, com a alma inocente de uma criança.
O Diabo deu o coração a criança, e ela ao pega-lo, sentiu o peso de não ser inocente. Logo o Diabo se desfez do coração, a pobre criatura de Deus passou a se consumir por não ter a inocente alma de um anjo.
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