Os santos não merecem mais viver ao som dos pássaros, matem-nos ao som dos lobos.
Os santos não merecem o perdão dos ímpios pois sua luz é suja de arrogância, matem eles, pois já não tem mais humildade suficiente para respirar este ar agudo em sombras.
Tragam-me os santos, os coloquem na minha frente, marrem seus braços nas costas dos cavalos, para que os animais de coragem arranquem-lhes os membros ao tentarem fugir da nossa prisão. Santos impuros tangam-nos a paz com vossas mortes, tragam a plenitude de ser livre com seus gritos.
Não cansem meus filhos, pois a fadiga só é digna dos fracos, continuem a chicotear as costas destes ímpios santos, pois na mesma esta a face do demônio de luz. Meus filhos, sois sábios, não se deixem levar pelo apelo desses imundos diante do sofrimento, suas palavras são lindas como uma rosa, mas fatais como as cobras.
Vamos todos, ergam os machados secos, para que a lamina seja forjada no sangue quente destes santos sinistros.
Amarrem as mulheres nos troncos, e enfiem pedras em seus seios fartos, para que seus filhos não possam mamar o pecado.
Coloquem os homens de pé, e arranque-lhes os joelhos, para que seu orgulho voe como os ossos a cada martelada e eles possam se ajoelhar diante de mim sem arrependimento. Matem os santos impuros, para que eu possa estar em paz nas sombras.
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