sábado, 4 de dezembro de 2010

MEU MESTRE


Eu sei que você quer me quebrar, me espedaçar e dar para os cães os meus pedaços, mas primeiro mate meu mestre, ele me ensinou a odiar.
Eu sei que você me odeia, mas odeie primeiro meu mestre, ele me ensinou as palavras afiadas com que eu lhe furei os olhos.

domingo, 28 de novembro de 2010

DIAS DE CÃO


As armas apontadas para as cabeças de quem estão de costas, os punhos serrados dão apoio ao dedo que segura o gatilho da fé. Dias de cão, quando todos não podem sonhar, e só podem viver o pesadelo que tem o nome de vida.

domingo, 21 de novembro de 2010

A MORTE E O SÁBIO


Certa vez, um velho homem, de barba comprida como sua sabedoria, estava a pensar. Ele estava perto de sua morte, e sabia disso, não demorou até que ela viesse pega-lo.

SÓ EU E A SOLIDÃO


Quando todos forem embora da festa, quando os balões caírem novamente dos céus, quando não sobrar mais cores nas fitas penduradas no enorme fio, eu me sentirei em paz.

SANTOS ÍMPIOS


Os santos não merecem mais viver ao som dos pássaros, matem-nos ao som dos lobos.
Os santos não merecem o perdão dos ímpios pois sua luz é suja de arrogância, matem eles, pois já não tem mais humildade suficiente para respirar este ar agudo em sombras.

PERSEGUINDO A MORTE


A dor, o sofrimento, a agonia, sentimentos duros de suportar quando alguém se vai. Ela era feliz, ate que a morte visitou os que ela tanto amava e em instantes a ela tomou em seus braços e levou dela todos.

OS PORCOS


Os porcos gritam, os porcos falam e se chamam de gente, os porcos não são sujos por fora, mas imundos por dentro.
Eles reclamam e cospem na boca que os alimentam, batem nos que os acariciam, e ferem quem os amam.

OS ESTÚPIDOS


Os estúpidos estão ali...
Matem todos, matem seus irmãos, seus pais, destruam seus corpos para o jantar.

Os estúpidos estão ali...
Peguem suas armas e não deixem que eles olhem o sol novamente.

Os estúpidos estão ali...
Coloquem uma linda musica enquanto eles cantam com a dor que sentem.

ÓDIO RAIVA E VIOLENCIA


Tu és a escoria desta minha vida sem sentido, tu és a magoa que coroe a minha felicidade, tu és o fruto do meu ódio.
Nada vai fazer com que tu detenhas o teu medo, tu não podes mais me deter.

O VALE DAS LAMENTAÇÕES


Como o vento, uma alma voa a procura de seu verdadeiro tumulo, ele esta em meio aos espelhos de seu ser.
A alma voa por cima das nuvens, na esperança de que a lapide com seu nome apareça dentre os arco-íris noturnos.

O TEMPO


Certo dia, o Tempo, cansado já de tanto caminhar e carregar a vida de muitos para a frente, decidiu parar e descansar.
O Tempo era mudo, só os que estavam em suas costas tinham permissão para falar e gemer, mas ele não se importava por não poder moldar o ar em sua boca, ele só queria descansar o seu fardo um pouco.

O MONSTRO GIGANTE


Um dia, no enorme cercado estava preso o monstro gigante, de olhos costurados e boca aberta ele se alimentava de ar. O tal monstro que um dia viu uma flor antes de ser segado pelos bons, sonhava com a mesma em sua mente desde então.

O LOUCO


Havia um louco, louco por se recusar a crer em sua realidade, cansou-se der crer em tudo o que via, pois sabia que isto era apenas o que não existia em sua mente.

O HOMEM OCO


Suas emoções, seus sentimentos foram aprisionados nos espelhos tortos em uma sala.
Ele tentava mas o animo não estava mais em sua alma, ele não conseguia quebrar os espelhos para recuperar o que avia lhe sido roubado.

O DOCE SABOR DA VITORIA


Eles entraram nas casas, mascarados de olhos vermelhos, vestis negras de manto pesado.
Atiraram em todos com suas armas sanguinárias, soltaram os cães para que sumissem com os mortos de vez.

O CONTO DOS DEZ DIAS


Dia 1: Um dia calmo, o Sol governa o céu com esplendor e ilumina seus súditos cegos pela vergonha.

Dia 2: Um dia após o outro, as horas passam e a tristeza começa a ressurgir do fundo dos rios, os pássaros perdem as asas e o Sol fica tímido ao meio dia.

Dia 3: Um arrepio corrompe o silencio do crepúsculo, rasgando a paz ao meio, e retirando a gloria do Sol. Começando o reinado da mãe Lua com seu manto negro.

O ANJO E O DEMÔNIO


Em meio a arvores daquele bosque vivia um anjo pecador, pecou porque amarou um demônio.
Sentado, passava o dia lamentando o amor desprezado pelo demônio que ficavam a rir.

NO DESERTO


Terra vermelha, vermelha de sangue e de sofrimento, há muito tempo já esta morta, mas mesmo morta as lagrimas ainda escorrem para alimentar o galho seco na esperança de velo verde novamente.

NAS ASAS DA BORBOLETA


Me deixe voar nas asas da borboleta, por favor deixe-me ir. Tire-me as correntes imaginarias, deixe eu tocar meu rosto suado, sentir meus cabelos molhados com a chuva incansável.

MORRER POR AMAR


Uma mulher estava fadada, fadada a sentir a morte toda vez que amar. Esta mulher não podia sentir amor sem trazer o sofrimento para seus próximos.

MARCHEM


Marchem infames, sem parar para nada, não comam, não descansem, não sonhem, não durmam, não peçam para mim para que eu alivie seus sofrimentos com a morte, a morte é pura demais para tocar em todos vocês.

MALDITO MONSTRO


Maldito monstro és tu. Maldito ser sem coração, maldito sejas. Tu que eu admirava, já não é como antes. Perdeu tudo, o amor, o calor, a felicidade, a alegria de viver.

LOUCURA E LUCIDEZ


Uma mistura fatal, a loucura e a lucidez se mesclaram na mente de um podre ser.
Correndo em direção as suas vitimas ele saltava sobre elas as cobrindo com a sombra da morte, seus dentes violentamente separavam a pele da carne.

EXORCISMO


Dentro daquela sala era perturbador, quatro paredes cercando-o, ele já estava louco a muito tempo atrás.
Coisas eram ouvidas, vistas e sentidas. Sons horripilantes eram sentidos na pele pela meia noite, e os que não podiam ser vistos ao dia, apareciam depois das seis horas.

EU SOU A MORTE


Crianças pediam minha piedade com suas fozes finas e fragilizadas pelo horror.
Meu coração não pulsa mais o sangue, por isso preciso das crianças. Com suas jovens mortes eu vivo e mato.

sábado, 20 de novembro de 2010

DOCES SONHOS


Durma minha doce criança, durma ao lado dos demônios, eles a acolherão com as belas rosas negras de horror.

DESLUMBRE SANGUINÁRIO


Como é bom, como é maravilhoso ver a alegria ser retirada aos poucos de uma pobre mente. Sentir o cheiro inconfundível do sangue saindo do corpo e refletir a luz do luar.

CARNIFICINA


30 de junho de 2009, ainda me lembro daquele dia em que muitos perderam a luz de suas almas. Tristes crianças inocentes, sem saber o porquê, dormiram com seus pais.

BORBOLETA DE COBRE


Uma linda borboleta de cobre esta a voar sobre o campo de flores mortas.

AS MIL MAQUINAS


Mil maquinas de ferro, banhadas de ódio e tristeza estão a destruir as arvores do vale.

AS ESTRELAS


Lá no alto dos céus, acima das nuvens densas de lagrimas haviam estrelas, sempre caladas e atentas elas eram, mas em uma noite simples de vento suave elas decidiram falar.

ALMAS IMUNDAS


Corram infames, não terei piedade em meu coração.
Farei todos vocês morrerem afogados em seu próprio sangue.

A PRINCESA


Era uma vez uma linda princesa, que vivia em um castelo, rodeado de cruzes. Os olhos enganam ao verem ela, do contrario, a tal princesa era perversa e má.

A MENINA E A LUA


Em certo tempo, quando a Lua estava a transpirar de beleza uma menina de vestido negro subia o monte para apreciar os belos cabelos de luz da linda Lua.

A GUERRA E A PAZ


No infinito do horizonte a paz reinava soberana, sem temer a perda de seu poder ela ficava a cantar para seus filhos ignorantes.

A ESPERANÇA DE SER FELIZ


Nas profundezas do inferno havia um demônio, mas o tal demônio queria sair desse lugar. Sua pele ardia com o fogo infinito, seu sangue espirrava nas paredes sujas a cada chibatada que ele recebia apenas por tentar ser feliz.

A CRIATURA


Brincando com a vida criaram uma criatura. Sem sentimentos era tal criatura, sem escrúpulos ela se alimentava da felicidade, medo e vida de suas vitimas, matando-as lentamente enquanto sugava tudo com seu olhar faminto e sedento por sangue.

A CRIANÇA E O ANJO


Um dia lindo, e um anjo cai dos céus, pobre anjo, quebrou as asas ao cair de seu reinado, pobre anjo, iria ter a alma quebrada em um mundo mórbido.

AS CRIATURAS


Quando minha existência passou a ter consciência dela mesma, eu decidi divertir minha mente.
Peguei dois seres, lindos seres, e os coloquei dentro de uma jaula.

A ARVORE


Havia uma arvore, arvore essa de aparência estranha, de corpo estranho, de textura estranha, de cheiro estranho.

A AURA DO DEMÔNIO


A curiosidade é um dom, e foi com este dom que uma criança decidiu ver através do buraco da fechadura. Lacrado há tempos ele estava, mas a doce criança não tinha aprendido a temer o erro.