domingo, 21 de novembro de 2010

O HOMEM OCO


Suas emoções, seus sentimentos foram aprisionados nos espelhos tortos em uma sala.
Ele tentava mas o animo não estava mais em sua alma, ele não conseguia quebrar os espelhos para recuperar o que avia lhe sido roubado.
Agora ele era um homem sem sentimentos, sem emoções, todas foram presas pelo destino nos emaranhados de vidros tortos que haviam naquela sala.
O homem tentava, fortes eram as batidas, suas mãos sangravam, sua força se esvaia a cada pancada, mas os vidros não cediam ao apelo do homem oco. Seu ser estava leve, pois já não havia mais o peso de sentir nada em seu coração. Ele via a si mesmo quando olhava os espelhos, cada espelho lhe revelava como era a aparência de seu ser apossado de casa sentimento.
Que trágico, tudo o que ele pensou que nunca iria em perder estava bem na sua frente, estava na sua face refletida nos espelhos, mas ele não conseguia quebra-los. Um dia o homem oco se levantou, e começou a bater incansavelmente nos espelhos tortos e entrelaçados naquela sala, os sons ecoavam ate o infinito, e com um grito o homem quebrou todos os eles, mas para seu desespero, seus sentimentos, suas emoções haviam apodrecido e virado pedra, dias se passaram e o homem juntou todos os cacos dos espelhos, e se trancou para sempre dentro de seu reflexo.

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