domingo, 21 de novembro de 2010

O DOCE SABOR DA VITORIA


Eles entraram nas casas, mascarados de olhos vermelhos, vestis negras de manto pesado.
Atiraram em todos com suas armas sanguinárias, soltaram os cães para que sumissem com os mortos de vez.
Sem escrúpulos aqueles homens de preto e encapuzados atiravam em todos que estavam contra a parede, cortavam as mãos das crianças, para que elas não se agarrassem mais as suas mães.
Fracos; todos eram fracos para reagir e por isso morriam ao sabor do vento. Milhares de corpos empilhados no altar da igreja, como oferenda a Deus para que ele desse dias de bom gozo aos homens.
A noite caia e tudo ficava pior, a esperança agarrada ao Sol ia embora e deixava os leigos sozinhos cegos no escuro da noite.
Pobres almas, culpadas pela fé dos fanáticos foram mortas para servir a Deus. Durante toda a noite se ouvia os gritos de perdão e de louvor ao nome de Deus entrelaçadas com o som dos tiros, e o Diabo saboreava comigo o doce sabor da vitória.

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