domingo, 21 de novembro de 2010

EXORCISMO


Dentro daquela sala era perturbador, quatro paredes cercando-o, ele já estava louco a muito tempo atrás.
Coisas eram ouvidas, vistas e sentidas. Sons horripilantes eram sentidos na pele pela meia noite, e os que não podiam ser vistos ao dia, apareciam depois das seis horas. Sinistro aquele quarto vazio, só havia um homem de joelhos no meio do quarto, rezando para que sua mente sucumbisse de vez no lago da loucura. Os dentes esmagavam a língua, os olhos atentos, os punhos fechados com tanta força que as unhas abriam caminho na palma da mão. O terror dominava uma alma naquele momento, ao ver as criaturas de ossos flácidos voarem em sua frente o homem agonizava, deitava e rolava nos braços do medo. Criaturas sem nome, mordiam os próprios olhos, seus braços moles envolviam o pescoço daquele homem, os pés de tais criaturas entravam nas suas próprias pernas ocas ao pisarem no chão.
As criaturas brancas, flácidas e horríveis eram berrantes do demônio, clamavam por paz dentro daquele quarto, encaravam aquele homem de frente, aterrorizando a sua mente com sua terrível imagem.
Um frio subia ate o topo do crânio, congelando os sentidos, e uma voz fina, aguda e tremida gritava o nome aos quais não é sensato dizer. Três dias se passaram, e encontraram o pobre homem morto dentro da sala com a cabeça esmagada na parede. Aquele homem tentou exorcizar seus demônios explodindo o próprio crânio contra a parede.

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