domingo, 28 de novembro de 2010

DIAS DE CÃO


As armas apontadas para as cabeças de quem estão de costas, os punhos serrados dão apoio ao dedo que segura o gatilho da fé. Dias de cão, quando todos não podem sonhar, e só podem viver o pesadelo que tem o nome de vida.
Ninguém anda de pé, o homem não é mais sapiens, o homem é só mais um animal, cuja alma já morreu de tanto esperar a luz.
Dias de cão, e o pesadelo é o que todos têm entre os dentes, deixando o hálito da ignorância em suas vozes. O homem não é mais sapiens, é só mais um cão sarnento que bebe o futuro de suas próprias feridas.
Como um cão, cego e surdo o homo sapiens é tentando a parecer como um animal filósofo que escreve com sangue, deixando um titulo vago como sua mente.
Sem sapiens, sem homem, o que sobra é um cão falante.

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