sábado, 20 de novembro de 2010

CARNIFICINA


30 de junho de 2009, ainda me lembro daquele dia em que muitos perderam a luz de suas almas. Tristes crianças inocentes, sem saber o porquê, dormiram com seus pais. Ainda me lembro dos seus rostos rosados e jovens expressando o medo diante de minha existência, consigo ainda ouvir seus gritos e o choro de dor, a agonia em uma morte lenta e gloriosa. Nada puderam fazer os pais de tais criancinhas, presos em correntes choravam a perda de suas crias tão amadas. Não havia lugar para a piedade naquele recinto. A carne, o sangue, a raiva, tudo estava em perfeita harmonia.  A lamina passava em seus corpos pequenos e frágeis ate que a morte chegasse para todos. Era perfeita a magia de ver a vida indo embora diante de meus olhos. 30 de junho de 2009, o dia em que minhas mãos cometeram uma carnificina.

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