domingo, 21 de novembro de 2010

O LOUCO


Havia um louco, louco por se recusar a crer em sua realidade, cansou-se der crer em tudo o que via, pois sabia que isto era apenas o que não existia em sua mente. Então o louco arrancou seus próprios olhos, para que eles não mentissem mais para sua consciência.
Sentou-se em um balanço, e lá ficava em seu pequenino e infinito mundo.
Ele deixa que o vento ao tocar seu corpo, trouxesse a realidade para sua mente, agora sua pele via no lugar de seus olhos o mundo como ele realmente era. Sem medo o louco de cabelos desarrumados se balançava cada vez mais alto, ele estava procurando a verdade para sua existência, o motivo pelo qual estava ali naquele balanço velho brincando de viver.
O louco era olhado com desprezo e medo por todos que estavam ali passando, os outros o viam sorrindo ao se balançar, sorrisos desabafados, desajeitados, mas sorrisos sinceros de felicidade em poder viver em seu maravilhoso mundo.
Sem entender o motivo, o objetivo pelo qual o louco ficava ali todos os dias, os outros passaram a xinga-lo, jogavam pedras para que ele voltasse para a realidade fria e nítida que todos estavam acostumados. Os outros; incomodados com aquele homem louco se armaram com pedaços rígidos de ignorância, então repentinamente puseram-se a massacrá-lo por querer viver em sua realidade. Sem cessar eles batiam com força, e a cada paulada se ouvia os ossos partindo aos poucos.
Sem piedade eles faziam o serviço em prol de sua realidade.
Deixaram aquele homem louco em paz porque já haviam lhe encomendado a morte, e com isso estavam satisfeitos.
O louco aos poucos morria, agonizando, mas feliz por poder morrer em seu pequenino e infinito mundo.

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